Se os Lordi podem ser vencedores do festival da canção porque motivo não nos podemos rir com L.A. Zombie?
A cabeça do monstro verde interpretado por François Sagat emerge das águas do Pacífico. A pele verde, a moleirinha platinada, um sorriso aterrador. No entanto, mal sustem os pés na areia da Costa Leste o plano enche-se com as suas partes baixas e percebe-se que afinal aquele monstro também é homem. Solta-se a primeira gargalhada.
Prevê-se uma série de ataques homicidas, os humanos transformados em mortos-vivos, o mundo inteiro a resvalar para o lado do mal por via de um contágio sem limites. Mas não! Afinal este Zombie até é bonzinho e utiliza o seu pénis curvo para trazer um último momento de vida aos cadáveres que se vão cruzando no seu caminho. Outra gargalhada.
A cabeça do monstro verde interpretado por François Sagat emerge das águas do Pacífico. A pele verde, a moleirinha platinada, um sorriso aterrador. No entanto, mal sustem os pés na areia da Costa Leste o plano enche-se com as suas partes baixas e percebe-se que afinal aquele monstro também é homem. Solta-se a primeira gargalhada.
Prevê-se uma série de ataques homicidas, os humanos transformados em mortos-vivos, o mundo inteiro a resvalar para o lado do mal por via de um contágio sem limites. Mas não! Afinal este Zombie até é bonzinho e utiliza o seu pénis curvo para trazer um último momento de vida aos cadáveres que se vão cruzando no seu caminho. Outra gargalhada.
Depois disto apenas um remake exaustivo da ideia inicial intervalado por momentos de descompressão muito bem conseguidos como aquele em que o zombie Sagat entra num restaurante e grunhe por um café ao empregado asiático.
A crítica à América é crua e directa, no entanto, peca por ser fácil. A partir do momento em que LaBruce cumpre o acto corajoso de filmar a primeira cena, todas as outras tornam-se baratas pelo excesso de gozo e de mau gosto.
Experimentalismo que cria repulsa mas não choca. Uma perda de tempo para cumprir um capricho pop. Apenas um cocktail de pornografia-thriller-série-B-homossexual, apenas.
Experimentalismo que cria repulsa mas não choca. Uma perda de tempo para cumprir um capricho pop. Apenas um cocktail de pornografia-thriller-série-B-homossexual, apenas.
Depois de a Medeia ter feito uma retrospectiva do trabalho do realizador por volta do seu 20º aniversário, e de Otto; or, Up with Dead People ter passado numa edição anterior do Queer Lisboa, esta foi a aparição mais mediática do cinema de Bruce LaBruce no nosso país, talvez como reflexo do escândalo provocado por L.A. Zombie na mais recente edição do Festival de Locarno.
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