sábado, 20 de novembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
aceito «José & Pilar» na saúde e na doença
Basicamente, é o mais humano: a morte e a relação.
Apenas um retrato, claro está. De 200 horas de fita, sobraram duas. Mas tudo o que aparece neste filme faz um sentido tremendo.
E eu, o que ando para aqui a fazer?
Apenas um retrato, claro está. De 200 horas de fita, sobraram duas. Mas tudo o que aparece neste filme faz um sentido tremendo.
E eu, o que ando para aqui a fazer?
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
atira-me com esse livro à cara
Llámame mariachi desafiou porque não é todos os dias que se aguenta
1. um plano sequência com mais de vinte minutos filmado por uma bailarina a correr
2. uma coreografia em relanti (le ralenti désigne un mouvement plus lent qu'habituellement)
3. três mulheres demasiado atraentes
4. muitos livros
5. uma sucessão de leituras quando a caixa é dança
e, cereja no topo do bolo,
6. o francês como idioma de eleição (muitas vezes sem legendas)
Mas llámame mariachi vai apanhar-nos sempre no dia excepção em que tudo isto, para além de se aguentar, entusiasma (as pessoas que saíram da sala a meio estavam desviadas do nosso tempo). Porque é consistente, é novo e trabalha o essencial: as relações espaço-tempo com a acção a baralhar as coordenadas.
Thumbs up.
1. um plano sequência com mais de vinte minutos filmado por uma bailarina a correr
2. uma coreografia em relanti (le ralenti désigne un mouvement plus lent qu'habituellement)
3. três mulheres demasiado atraentes
4. muitos livros
5. uma sucessão de leituras quando a caixa é dança
e, cereja no topo do bolo,
6. o francês como idioma de eleição (muitas vezes sem legendas)
Mas llámame mariachi vai apanhar-nos sempre no dia excepção em que tudo isto, para além de se aguentar, entusiasma (as pessoas que saíram da sala a meio estavam desviadas do nosso tempo). Porque é consistente, é novo e trabalha o essencial: as relações espaço-tempo com a acção a baralhar as coordenadas.
Thumbs up.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
we all go a little mad sometimes
Tudo começa quando se está em casa e surge a vontade de ir ver. Existe um certo risco, é verdade. Mas vai-se na mesma. E depois chega-se a um prédio com as paredes esventradas, 46 cadeiras, outras pessoas disponíveis. Numa outra divisão, um cinema. Os actores vêm de lá como se saíssem do filme. A mulher traz um casaco branco que preenche tudo. Cinquentona, tão bonita. Ele tem um ar frágil mas isso só se percebe depois. Por enquanto, é um detective (ou algo do género) com um chapéu de abas como o meu bisavô usava. Sobem para duas passadeiras: o objectivo não é o cardio fitness, é a tensão que cresce. O resto, é esperar que haja uma reposição, estar em casa, decidir sair e acertar na mouche.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
te quiero mucho
esqueci-me de dizer que fui lá para ver isto (amor)
mas dancei muito mais com isto (paixão)
mas dancei muito mais com isto (paixão)
A Gaivota, com prazer, Tchekhov
Moral: controle a sua ansiedade. Sim, são necessárias novas formas. "Aparências de pouco valem." Continuam a existir demasiados carrapitos loiros no alto das cabeças que deviam ser cortados à navalhada. De resto, foi bonito ver pessoas a arrastar cadeiras com os pés molhados.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
armário dos restos
(hoje, aqueci, no micro-ondas, o meu almoço de peixe-espada frito com arroz de tomate e cenoura. depois de comer, li o jornal enquanto não tinha trabalho. no P2 vinha um longo artigo sobre a única surrealista portuguesa e tive vontade de ir tomar um cafezinho com ela. quando cheguei a casa, quis ver se encontrava algum poema da mulher que rapava o cabelo em Lisboa. Usei o Google. O primeiro que me apareceu foi este e não é nada surrealista. Muito simples. Quase banal, até. Não fosse pela palavra restos e não o transcrevia.)
Tu já me arrumaste no armário dos restos
eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos
e das nossas memórias começamos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos.
Mas no tempo subjectivo
tu és ainda o meu relógio de vento
a minha máquina aceleradora de sangue
e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti
o nocturno passeio do gato no telhado?
(Isabel Meyrelles)
Tu já me arrumaste no armário dos restos
eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos
e das nossas memórias começamos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos.
Mas no tempo subjectivo
tu és ainda o meu relógio de vento
a minha máquina aceleradora de sangue
e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti
o nocturno passeio do gato no telhado?
(Isabel Meyrelles)
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Han Shot First @ Teatro Taborda
Inspiração Star Wars, efeitos especiais, Diogo Bento e Inês Vaz a prometerem ser eles próprios: eis os ingredientes de Han Shot First que esteve em reposição no Teatro Taborda este fim-de-semana. É coisa para nos deixar a barriguinha cheia: um enorme gozo (que apenas se torna cruel quando o nosso lado mongo dá sinal de si e diz, no meio das gargalhadas, 'cuidado, isto pode ser tudo muito sério')
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Agora Agora Agora Agora (como se piscasse num néon)
Apanhar o eléctrico 15 na direcção de Algés. Sair na última paragem e olhar em frente. É aí que se situa o CAMB onde está patente até 27 de Fevereiro a exposição Século XXI - Anos 10.
- Que nojo. e continua a brincar com um balão.
- Se fossem para ti é que já não estavam assim tão limpinhos, não. Com a merda que tu deitas das orelhas...
(discurso sobre Can you hear me de João Pedro Vale)
"Vi numa revista da Vogue uma recriação de outra pintura do Manet e eu, ah isto fazia um filme porreiro"
- Vá, vem-te embora daí - diz a mesma mãe para o mesmo filho.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Janis Joplin, outra vez
uma rapariga ouve um disco de Janis Joplin, repetidamente, sem se cansar, enquanto o irmão tenta ler Mao. Cry Baby, há quarenta anos.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Bonnie and Clyde - Arthur Penn
Some day they will go down together,
And they will bury them side by side,
To a few it means grief,
To the law it's relief,
But it's death to Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde é acção no seu estado mais puro: quer acção signifique tiros, perseguições policiais, assaltos a bancos e sangue, muito sangue, quer signifique uma loira a apaixonar-se por um bandido de olhos claros, armada e de charuto a pousar para uma Kodak ou um casal perfeito com problemas na cama.
( a Arthur Penn)
And they will bury them side by side,
To a few it means grief,
To the law it's relief,
But it's death to Bonnie and Clyde
Bonnie and Clyde é acção no seu estado mais puro: quer acção signifique tiros, perseguições policiais, assaltos a bancos e sangue, muito sangue, quer signifique uma loira a apaixonar-se por um bandido de olhos claros, armada e de charuto a pousar para uma Kodak ou um casal perfeito com problemas na cama.
( a Arthur Penn)
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Filme do Desassossego - João Botelho
«Passam casais futuros, passam os pares das costureiras, passam rapazes com pressa de prazer, fumam no seu passeio de sempre os reformados de tudo, a uma ou outra porta reparam em pouco os vadios parados que são donos das lojas. Lentos, fortes e fracos, os recrutas sonambulizam em molhos ora muito ruidosos ora mais que ruidosos. Gente normal surge de vez em quando. Os automóveis ali a esta hora não são muito frequentes; esses são musicais. No meu coração há uma paz de angústia, e o meu sossego é feito de resignação.»
Bernardo Soares
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Jóhann Jóhannsson @ Teatro Maria Matos
(antes de ler, pressione o play)
Com um piano e dois computadores, Jóhann Jóhannsson cria um território e assume o seu comando. Ao lado dele, as quatro cadeiras que antes estavam iluminadas por uns feixes de luz pálida, passam a estar preenchidas pelo quarteto de cordas Iskra Spring Quartet. Dois homens, duas mulheres como se já tivessem sido escolhidos para criar um equilíbrio que transborda para a música que produzem.
Atrás, imagens, outro espectáculo ou o mesmo? Um rapaz com uma bandeira e depois uma rapariga a brincar com um pêndulo qualquer. Obras, máquinas de construção, o balde de uma caterpillar, um depósito de cimento, as linhas brancas do alcatrão, quase tudo a preto e branco, destorcido, trémulo, em contraste com os sons que saem das cordas, lavados, conscientes, sentimentais. Jóhann Jóhannsson, no final de cada música a agradecer com uma pequena vénia de contornos nipónicos. Quase místico sem nunca chegar a sê-lo, felizmente.
Uma noite de sucesso.
Atrás, imagens, outro espectáculo ou o mesmo? Um rapaz com uma bandeira e depois uma rapariga a brincar com um pêndulo qualquer. Obras, máquinas de construção, o balde de uma caterpillar, um depósito de cimento, as linhas brancas do alcatrão, quase tudo a preto e branco, destorcido, trémulo, em contraste com os sons que saem das cordas, lavados, conscientes, sentimentais. Jóhann Jóhannsson, no final de cada música a agradecer com uma pequena vénia de contornos nipónicos. Quase místico sem nunca chegar a sê-lo, felizmente.
Uma noite de sucesso.
(agora, recline-se na sua cadeira e feche os olhos)
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Lola - Brillante Mendoza
(o seu neto foi assassinado pelo neto doutra mas o que dói mais é ver que o chapéu de chuva daquela mulher velha não a protege da água toda que cai). Lola é um mergulho numa noite de inverno sem frio nenhum. Nada é cru como são estas frases. Um belíssimo filme, com uma respiração octogenária, cada cena a seu tempo apesar do ritmo nunca abrandar. A câmara persegue incansavelmente as personagens que se deslocam por uma Manila cinzenta. Aquilo que poderia tornar-se numa desgraça inultrapassável é, ali, o isco que se tem para dar sentido à vida. A televisão ligada atrás de um ombro musculado (crédito ou débito?) podia até ser vista como um sinal de normalidade, ou símbolo do trabalho. A outra velha também anda à chuva e são incontáveis os pormenores brillantes de Mendoza. As avós, iguais entre si. E os americanos que se entusiasmam num comboio rural a filmar o miúdo que nem vestido está, iguais a quem?
sábado, 25 de setembro de 2010
sexyMF @ Teatro Maria Matos
Está mais uma vez em cena/exibição a performance/instalação SexyMF de Ana Borralho e João Galante.
A questão não é propriamente a nudez, nem tão pouco a ambiguidade. Em palco estão 13 homens e mulheres e percebe-se muito bem quem é o quê. Se calhar, bem demais. No entanto, as caras aparecem travestidas. As mulheres de barba ou bigode e os homens com cabelos longos, eyeliner, batom e purpurinas pelo corpo todo. São pessoas nuas, sim. Em poses sensuais, também. Mas a indefinição da identidade sexual transmite uma certa repulsa ou incómodo. Atrai, ou não? Há quase um desejo que nada daquilo nos atraía e é apenas um quadro. Depois, o quadro mexe-se. Inevitável. No final, até podíamos ir tomar um café, sim, com muito gosto. E quando estamos mesmo em frente à tela não sabemos muito bem para onde olhar, porque os olhos estão fixos em nós, as mãos tocam nos mamílos, os pés. Traz à tona os complexos para que se lide com eles. Há muita política ali. Ou nada. Apenas assunto para a urbe. Uma piscadela de olho e o sexyMF do Prince substitui o da Ana e do João, Come here baby, yeah U sexy motherfucker.
A questão não é propriamente a nudez, nem tão pouco a ambiguidade. Em palco estão 13 homens e mulheres e percebe-se muito bem quem é o quê. Se calhar, bem demais. No entanto, as caras aparecem travestidas. As mulheres de barba ou bigode e os homens com cabelos longos, eyeliner, batom e purpurinas pelo corpo todo. São pessoas nuas, sim. Em poses sensuais, também. Mas a indefinição da identidade sexual transmite uma certa repulsa ou incómodo. Atrai, ou não? Há quase um desejo que nada daquilo nos atraía e é apenas um quadro. Depois, o quadro mexe-se. Inevitável. No final, até podíamos ir tomar um café, sim, com muito gosto. E quando estamos mesmo em frente à tela não sabemos muito bem para onde olhar, porque os olhos estão fixos em nós, as mãos tocam nos mamílos, os pés. Traz à tona os complexos para que se lide com eles. Há muita política ali. Ou nada. Apenas assunto para a urbe. Uma piscadela de olho e o sexyMF do Prince substitui o da Ana e do João, Come here baby, yeah U sexy motherfucker.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Toro Y Moi @ Musicbox {23Out}
O processo é simples: vai-se ao Youtube, escreve-se Toro Y Moi, ouve-se Talamak e gosta-se.
Chaz Bundick é o principal responsável por este chillwave-séc.XXI-mais-fim-de-tarde-que-nuvens. O Outono começa hoje, When can we get together again? O que dizes se for dia 23 de Outubro, no Musicbox?
Chaz Bundick é o principal responsável por este chillwave-séc.XXI-mais-fim-de-tarde-que-nuvens. O Outono começa hoje, When can we get together again? O que dizes se for dia 23 de Outubro, no Musicbox?
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Alva Noto & Blixa Bargeld @ Teatro Maria Matos
Para eles, electricity bem pode ser fiction mas quem assistiu ao concerto de ontem no Teatro Maria Matos não teve dúvidas que aquela descarga de energia foi bem real. Alva Noto e Blixa Bargeld juntaram-se em palco numa incursão experimental de causar arrepios.
A amplitude vocal do ex-guitarrista de Nick Cave, ajudada pela mestria de Noto, permitiu-lhes criar as mais variadas atmosferas: dos clássicos de uma América perdida, ao cinema de terror. As mãos, a expressão, a harmónica e os gritos afinadíssimos de bb contribuíram para a criação de uma experiência sensorial única. Tanto que o momento alto do concerto foi vivido pela maioria dos presentes com as mãos a tapar os ouvidos! Eles bem avisaram que se aproximava uma sequência de 10 minutos baseada num só grito mas não era possível imaginar o que ali viria: a sobreposição dos sons com o volume no máximo provoca um efeito único no aparelho auditivo dos humanos, semelhante a uma chuva torrencial ou ao som de um rádio avariado. No sugar, baby.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Plein Sud - Sébastien Lifshitz
O olhar de Sam - Yannick Renier - sempre fixo no ponto de fuga. O de Mathieu sempre mediado pela câmara. Léa sempre excitada, a mudar de alvo a cada cinco segundos, presa à recusa de uma gravidez ou à procura da saída do labirinto. Plein Sud é um filme de dramas que tentam esbater-se na procurar de um endless summer que teima em não começar. Sam vive atormentado. Léa tenta dominar o indomável. Mathieu balança no meio dos dois. Mais tarde aparece Jérémie com uma fantástica cabeleira encaracolada. A resposta? Que resposta? Hoje há uma festa na praia e tudo fica bem. Amanhã, talvez regressem os meus fantasmas. E, no último mergulho, a paz de aceitar que o Verão sem fim não vai mesmo começar, Tudo Bem, continuemos a viagem.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
L.A. Zombie: The movie that would not die - Bruce LaBruce
Se os Lordi podem ser vencedores do festival da canção porque motivo não nos podemos rir com L.A. Zombie?
A cabeça do monstro verde interpretado por François Sagat emerge das águas do Pacífico. A pele verde, a moleirinha platinada, um sorriso aterrador. No entanto, mal sustem os pés na areia da Costa Leste o plano enche-se com as suas partes baixas e percebe-se que afinal aquele monstro também é homem. Solta-se a primeira gargalhada.
Prevê-se uma série de ataques homicidas, os humanos transformados em mortos-vivos, o mundo inteiro a resvalar para o lado do mal por via de um contágio sem limites. Mas não! Afinal este Zombie até é bonzinho e utiliza o seu pénis curvo para trazer um último momento de vida aos cadáveres que se vão cruzando no seu caminho. Outra gargalhada.
A cabeça do monstro verde interpretado por François Sagat emerge das águas do Pacífico. A pele verde, a moleirinha platinada, um sorriso aterrador. No entanto, mal sustem os pés na areia da Costa Leste o plano enche-se com as suas partes baixas e percebe-se que afinal aquele monstro também é homem. Solta-se a primeira gargalhada.
Prevê-se uma série de ataques homicidas, os humanos transformados em mortos-vivos, o mundo inteiro a resvalar para o lado do mal por via de um contágio sem limites. Mas não! Afinal este Zombie até é bonzinho e utiliza o seu pénis curvo para trazer um último momento de vida aos cadáveres que se vão cruzando no seu caminho. Outra gargalhada.
Depois disto apenas um remake exaustivo da ideia inicial intervalado por momentos de descompressão muito bem conseguidos como aquele em que o zombie Sagat entra num restaurante e grunhe por um café ao empregado asiático.
A crítica à América é crua e directa, no entanto, peca por ser fácil. A partir do momento em que LaBruce cumpre o acto corajoso de filmar a primeira cena, todas as outras tornam-se baratas pelo excesso de gozo e de mau gosto.
Experimentalismo que cria repulsa mas não choca. Uma perda de tempo para cumprir um capricho pop. Apenas um cocktail de pornografia-thriller-série-B-homossexual, apenas.
Experimentalismo que cria repulsa mas não choca. Uma perda de tempo para cumprir um capricho pop. Apenas um cocktail de pornografia-thriller-série-B-homossexual, apenas.
Depois de a Medeia ter feito uma retrospectiva do trabalho do realizador por volta do seu 20º aniversário, e de Otto; or, Up with Dead People ter passado numa edição anterior do Queer Lisboa, esta foi a aparição mais mediática do cinema de Bruce LaBruce no nosso país, talvez como reflexo do escândalo provocado por L.A. Zombie na mais recente edição do Festival de Locarno.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
um eléctrico chamado desejo @ D. Maria II
uma iluminação fantástica aos tons de fim de tarde em Nova Orleães. faltaram, no entanto, os negros, os saxofonistas e os furacões que os meios técnicos do Nacional apenas permitem uns tímidos aguaceiros. ela bem vestida, bem penteada, de saltos altos ou de roupão de banho, a segurar um balão vermelho e a deixá-lo fugir das mãos e eu a desejar "rebenta, rebenta!"
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